domingo, outubro 23, 2011

Os gloriosos malucos das máquinas voadoras

Além dos mitos sobre deuses que voavam, em todo o mundo correm lendas a respeito de pessoas que pareciam ser capazes de voar sozinhas, sem a ajuda de qualquer aparelho.

A história da aviação começa no século XV, com os esboços de Leonardo Da Vinci. A partir do estudo anatómico das asas dos pássaros, Da Vinci projectou o ornitóptero, um aparelho feito com asas acopladas aos braços, o primeiro pára-quedas e o primeiro helicóptero.
Nas suas mais de 5 mil páginas de anotações sobre o voo, ele resolveu vários problemas, como o cálculo da área de sustentação necessária para elevar um homem. O italiano nunca tirou seus projectos do papel, mas, no século 20, um de seus planadores foi construído e funcionou. 

Antes de Da Vinci, a exploração do ar resumia-se a dois tipos de iniciativas.
De um lado estavam os inventores que criavam objectos capazes de planar. Em 600 A.C., os chineses criaram as primeiras pipas, e 200 anos depois o físico grego Árquitas construiu um pombo de madeira cheio de ar, capaz de voar por até 180 metros.
Por outro lado, havia pessoas tentando conquistar o ar, em aparelhos que imitavam os movimentos dos pássaros. Foi o caso do monge beneditino inglês Oliver de Malmesbury, que em 1050 saltou da torre de um mosteiro usando asas feitas de madeira e tecido. Acabou morrendo com a queda. E muitos outros sonhadores se seguiram…

A História só lembra os vencedores, aqueles que tiveram sucesso e conheceram a fama. Para trás ficaram os derrotados, mas não só. Também por lá ficaram aqueles que chegaram apenas em segundo lugar, os menos sortudos, os que fizeram opções erradas ou simplesmente os que menos souberam tornar-se conhecidos. Mas todos estes de que não rezam os livros contribuíram certamente com o seu esforço pessoal, tantas vezes decisivo, e fizeram com que as páginas da História fossem viradas com sucesso. Assim é a História da Aviação, uma perigosa e fascinante aventura onde Santos Dumont ou os irmãos Wright não colheram sozinhos os louros.

Os precursores da aviação não eram surrealistas, mas tinham muita loucura...

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